NATAL
Desculpem queridos leitores, mas todos sabemos que estamos às vésperas das comemorações e das esperadas festas de fim de ano. Meus pedidos de desculpas vêm no sentido de que vou mais uma vez dar uma “pinceladinha” na questão do mito do natal e posteriormente do ano novo, como o fiz no ano anterior.
Particularmente parto do princípio que seres sociais que somos, vivemos em grupos onde cada um sobrepõe sua metodologia de vida diante daquilo que abraçou como sendo a verdadeira razão da sua existência. Isto pode ser algo legal e bacana, desde que segmentos diferentes que façam parte de outras culturas não sofram nosso julgamento, tampouco essas outras culturas padeçam por conta das mais rígidas formas de criticas e censura, como às vezes acontece.
Quando estamos segmentados de “verdades absolutas” perdemos nosso caminho de busca, de estudos, de um estado melhor de socialização. Achamos que nosso plano, nosso caminho, nosso grupo é superior e melhor que os outros, por conta da nossa cultura, crença, religião, etc., como aconteceu em tempos passados.
Chega de falar sério né, vamos raciocinar um pouco então acerca das delícias que às vezes aparecem em nossas mesas somente no fim de ano, mais especificamente no natal. Afinal essa comida toda é um pouco salgada não pela quantidade de sal, mas sim pelo bolso, rsrs. Por falar em bolso, este período também é um dos mais rentáveis para milhões de lojas e estabelecimentos em quase todo mundo, pois também é caracterizado pela troca de presentes entre família e amigos.
Nesta época também vemos que há um pouco de humanização por intermédio da atenção ao povo mais carente. Isto ocorre através da doação de alimentos, vestuários e até um pouco de carinho depositados por meio de abraços e palavras de incentivo. Gesto este que de certa maneira tem suas origens do cristianismo, pois milhares de grupos - principalmente aqueles tidos como cristãos, festejam o nascimento de Jesus.
Viajando um pouco acerca da história do natal, cabe lembrar que sua comemoração teve sua origem na Igreja Católica Romana a partir do século IV, ou seja, 400 anos depois da morte de Jesus. Dessa forma se expandiu ao resto do mundo, o que deve ser um fator marcante pela que a “festa de natal” não estar incluída dentre os festejos bíblicos.
De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336a.C. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal .
Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. Mas a Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades “pagãs” que os vários povos celebravam por ocasião do Solstício de Inverno.
Assim, em vez de a igreja proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes um novo significado, e uma linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como "o sol de justiça" (Malaquias 4:2) e a "luz do mundo" (João 8:12) revelam a fé da Igreja n'Aquele que é Deus feito homem para nossa salvação.
As evidências confirmam que, num esforço de converter os pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era celebrada pelos romanos, o "nascimento do deus sol invencível", e tentaram fazê-la parecer “cristã”. E ainda hoje, muitos discutem, esbravejam, tentando impor esta regra.
Discussões, crenças e costumes à parte, desejo que tenham um “FELIZ NATAL”, e não exagagerem na comilança, rsrs.
Respeitar a maneira, a cultura, e o proximo ja é um bom principio para a tão sonhada humanização dos seres humanos (frase minha)
As Enciclopédias de um modo geral contêm informações sobre a origem sob os títulos “natal” e “dia de natal”. Consulte, por exemplo:
a) Enciclopédia Católica, edição inglesa;
b) Enciclopédia Britânica, edição de 1946;
c) Enciclopédia Americana, edição 1944.
Um espaço para compartilharmos juntos acerca da nossa natureza, nosso mundo e sobre nós mesmos!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
VITÓRIA TOLA
Assim como faço costumeiramente, um dia destes peguei minha bike para dar aquela pedalada e também sentir o movimento, ver as pessoas, curtir a leveza do corpo, observar as paisagens, etc., com os equipamentos adequados é claro.
Seguindo o curso da estrada, após alguns quilômetros rodados, um tanto quanto compenetrado com o belo visual e a sinuosidade da pista, surge a poucos metros na minha frente alguém que desembocava de uma rua de acesso ao bairro onde eu estava transitando naquele momento. Este fato não foi corriqueiro como os demais, e me levou a pensar também na estrada das idéias, nos caminhos da vida, e a refletir um pouco acerca de nós mesmos, e sobre nosso relacionamento com o próximo e com o mundo.
O guri, assim que me avistou, se aprumou em cima da bicicleta, pedalando com força e rapidez. Cá comigo, achei que ele estivesse com pressa, mas pouco depois percebi que constantemente o menino olhava pra traz em minha direção. Notei então que era pra saber o quanto ele estava na minha frente. Minutos mais tarde, ao se aproximar de um trecho mais íngreme, avistei-o novamente e observei que o mesmo ia caminhando lentamente, segurando a bike com as mãos. Pensei então que ele deveria estar um pouco cansado e exausto. Contudo, assim que percebeu a minha presença, subiu de imediato na bicicleta e acelerou consideravelmente, mesmo estando naquela inclinação forte. Tempos depois desceu até entrar numa rua que dava acesso a outro bairro, e eu fui em frente, seguindo o curso da estrada.
Na verdade parece que naqueles poucos momentos vividos eu e o rapaz fomos o espelho claro da humanidade. Sem nos conhecermos um ao outro, sem participarmos de uma competição, sem objetivo nenhum, enfim sem nada, estávamos em busca de uma “vitória” que considerei completamente tola, fútil e sem graça. O fato é que esse acontecimento me fez refletir e analisar acerca de nossas formas e atitudes cotidianas que são produto daquilo que florescemos bem lá dentro, no mais íntimo dos nossos instintos animalescos. Nossa peguei pesado agora hein, rsrs...
Queiramos ou não, carregamos conosco essa dinâmica fria e sem vida que diuturnamente gera disputas insanas, concorrências e o desvairado desejo de querer ser o(a) melhor, mais rápido(a), mais rico(a), mais famoso(a), mais bonito(a), mais badalado(a), mais bronzeado(a) mais escultural, mais frutas, verduras, mais pêra, mais melancia, se quiser pode continuar a lista, poderá até gerar um livro, rsrs... Parece que o valor das pessoas está pautado naquilo que elas podem representar aos olhos humanos, mais precisamente na imediata imagem que apresentamos. Elas merecem o que os olhos vêem. Frase minha. Com isso a essência, a sabedoria, a prudência, o respeito, a dignidade, a tranqüilidade para tratar com as adversidades, a capacidade de pensar, aos poucos vão sendo lançadas ao vento e infelizmente estão a caminho do esquecimento.
Para quê tantas disputas tolas, se ninguém é melhor que ninguém? Para quê tantas disputas tolas, sendo claro e certeiro que o pó cobrirá nossos ossos mortais?
Dias atrás assisti uma reportagem acerca de jovens e adolescentes moradores de regiões localizadas no interior do país, os quais foram obrigados a amputar braços, ou estão com o corpo deformado por conta da utilização de remédios que são específicos para animais. Como explanei acima, é uma atitude tomada por aqueles que são de “baixa instrução”, mas são comprados bela ambição de ser o melhor, ter uma aparência mais esbelta, de alguma forma serem enxergados. É a busca de uma vitoria tola, que vem gradativamente ganhando força, tanto lá no interior, como nos grandes centros, enfim onde está o sapiense, infelizmente estão as disputas, e o “desejo” de ser o melhor. Desejo que não leva ninguém a lugar algum, e em alguns casos, podendo até detonar com a saúde. Carlos Roberto Paiva
Seguindo o curso da estrada, após alguns quilômetros rodados, um tanto quanto compenetrado com o belo visual e a sinuosidade da pista, surge a poucos metros na minha frente alguém que desembocava de uma rua de acesso ao bairro onde eu estava transitando naquele momento. Este fato não foi corriqueiro como os demais, e me levou a pensar também na estrada das idéias, nos caminhos da vida, e a refletir um pouco acerca de nós mesmos, e sobre nosso relacionamento com o próximo e com o mundo.
O guri, assim que me avistou, se aprumou em cima da bicicleta, pedalando com força e rapidez. Cá comigo, achei que ele estivesse com pressa, mas pouco depois percebi que constantemente o menino olhava pra traz em minha direção. Notei então que era pra saber o quanto ele estava na minha frente. Minutos mais tarde, ao se aproximar de um trecho mais íngreme, avistei-o novamente e observei que o mesmo ia caminhando lentamente, segurando a bike com as mãos. Pensei então que ele deveria estar um pouco cansado e exausto. Contudo, assim que percebeu a minha presença, subiu de imediato na bicicleta e acelerou consideravelmente, mesmo estando naquela inclinação forte. Tempos depois desceu até entrar numa rua que dava acesso a outro bairro, e eu fui em frente, seguindo o curso da estrada.
Na verdade parece que naqueles poucos momentos vividos eu e o rapaz fomos o espelho claro da humanidade. Sem nos conhecermos um ao outro, sem participarmos de uma competição, sem objetivo nenhum, enfim sem nada, estávamos em busca de uma “vitória” que considerei completamente tola, fútil e sem graça. O fato é que esse acontecimento me fez refletir e analisar acerca de nossas formas e atitudes cotidianas que são produto daquilo que florescemos bem lá dentro, no mais íntimo dos nossos instintos animalescos. Nossa peguei pesado agora hein, rsrs...
Queiramos ou não, carregamos conosco essa dinâmica fria e sem vida que diuturnamente gera disputas insanas, concorrências e o desvairado desejo de querer ser o(a) melhor, mais rápido(a), mais rico(a), mais famoso(a), mais bonito(a), mais badalado(a), mais bronzeado(a) mais escultural, mais frutas, verduras, mais pêra, mais melancia, se quiser pode continuar a lista, poderá até gerar um livro, rsrs... Parece que o valor das pessoas está pautado naquilo que elas podem representar aos olhos humanos, mais precisamente na imediata imagem que apresentamos. Elas merecem o que os olhos vêem. Frase minha. Com isso a essência, a sabedoria, a prudência, o respeito, a dignidade, a tranqüilidade para tratar com as adversidades, a capacidade de pensar, aos poucos vão sendo lançadas ao vento e infelizmente estão a caminho do esquecimento.
Para quê tantas disputas tolas, se ninguém é melhor que ninguém? Para quê tantas disputas tolas, sendo claro e certeiro que o pó cobrirá nossos ossos mortais?
Dias atrás assisti uma reportagem acerca de jovens e adolescentes moradores de regiões localizadas no interior do país, os quais foram obrigados a amputar braços, ou estão com o corpo deformado por conta da utilização de remédios que são específicos para animais. Como explanei acima, é uma atitude tomada por aqueles que são de “baixa instrução”, mas são comprados bela ambição de ser o melhor, ter uma aparência mais esbelta, de alguma forma serem enxergados. É a busca de uma vitoria tola, que vem gradativamente ganhando força, tanto lá no interior, como nos grandes centros, enfim onde está o sapiense, infelizmente estão as disputas, e o “desejo” de ser o melhor. Desejo que não leva ninguém a lugar algum, e em alguns casos, podendo até detonar com a saúde. Carlos Roberto Paiva
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
As Ondas, o Rochedo e o Anjo
Gostaria de voltar novamente àquele tema, tratado tempos atrás, no qual trocávamos umas idéias acerca das ondas que quebravam bem aqui dentro! Mais precisamente, nos imensos rochedos pautados em minha memória. Creio que esta disposição da natureza, sem sombra de dúvidas, está pautada em cada um dos sapienses, por isso, de quando em vez, acaba germinando conceitos, julgamentos, ou até mesmo críticas meio doidas.
É possível que desde o princípio da humanidade nos ocorra esse dinamismo interior, mesmo levando em consideração que tempos atrás as massas cefálicas possuíam tamanhos inferiores.
Aqueles que não tomam as devidas precauções, objetivando fechar as cortinas com intuito de cuidar da ventania que diuturnamente está levantando a poeira, estão propensos a apresentar as tempestades latentes, podendo ser transformadas em terríveis tormentas, culminando em ciclones.
Temos aprendido que não possuímos a capacidade de barrar as bilhões de informações produzidas diariamente pela nossa bela massa encefálica, mas somos instruídos no sentido do viver diário e das constantes tentativas de bloqueá-las. Infelizmente, essa movimentação ou tentativa é puramente em vão, visto que a idéia e o pensamento, às vezes são tão poderosos e fortes como um besouro-rinoceronte.
Está um pouco pesada a nossa conversa, né. Ok, então vamos tentar pegar ou pouco mais leve... rsrs. Mas, que fique evidente que esquecer não conseguimos.
Aprendi desde pequenino que cada pensamento descontrolado ou mal-pensado é mais um pecado contado. Cá pra nós, a nossa lista diária é grande demais, hein! Confesso que muitas e muitas vezes fiquei olhando fixamente pra quem me transmitia uma mensagem, contudo minhas idéias estavam há quilômetros de distância do tal. Ainda bem que neste sentido não sou o único. Pra ser sincero, às vezes fico pensando o seguinte: será que o Deus maravilhoso que me criou como ser único, com essa maravilhosa capacidade de refletir, pensar e de criar minha própria história, é o mesmo Deus que está disposto a me chicotear e a cobrar por cada ato das minhas idéias? Dos frutos de nossas memórias construímos nossa própria historia! (frase minha... rsrs)
Nestes termos, o produto de nossa história de vida é fruto daquilo que trazemos dentro da memória presente em cada um de nós. Quando a saudade aperta, por exemplo, ela, de imediato faz com que o ser, o lugar, a ocasião, ou seja, o fruto que nos gera o sentimento chegue bem pertinho de nós. Isso é fantástico!
Quando os ventos sombrios vêm crescendo, se avolumando, fazendo crescer as ondas aqui dentro, é possível que eu me encontre em qualquer parte deste planeta. Confesso que quando isso acontece, é impressionante meu estado um tanto arredio, afastado, distante e tenho cá comigo que neste mundo só existe e habita o meu eu e mais ninguém. Chego a ouvir os barulhos, os roncos, chego até a olhar movimentos, no entanto os únicos pés que tocam a poeira do chão naquele momento, não são outros se não os meus.
Admito que algumas vezes tenho um pouco de medo das turbulências, e por causa delas não desejo ser um cara de “cabeça dura”. Com as ondas quebrando nos gigantes rochedos aqui de dentro, me lembro sempre da espada do anjo guardião, como ele apenas me observa depois de um bate-papo, e como tem a capacidade de me trazer de volta a este mundo. Sua voz suave e tranqüila perfuma os ares e ainda me toca com a ponta das suas asas. Esse gesto de imediato estanca minhas lágrimas e acalma os ventos. “Um dia de cada vez” me diz o anjo. Com isso, minhas loucuras de imediato vão sendo dissipadas e a paz retorna ao seu devido lugar.
Para mim, além da importantíssima cura que me incidiu, algo muito importante que aprendi com essa história é que, pra ver e estar com um “anjo”, não há necessidade de acontecer um ato fantástico, milagroso, sobrenatural... é simplesmente ter e conservar uma eterna amizade. “Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito”... E quando o anjo estiver em outra galáxia, é extremamente importante que eu mesmo trabalhe com meu EU de alguma maneira para fechar as cortinas e barrar os ventos, cessando as tempestades, e traga de volta a calmaria... Postado por Carlos Roberto
É possível que desde o princípio da humanidade nos ocorra esse dinamismo interior, mesmo levando em consideração que tempos atrás as massas cefálicas possuíam tamanhos inferiores.
Aqueles que não tomam as devidas precauções, objetivando fechar as cortinas com intuito de cuidar da ventania que diuturnamente está levantando a poeira, estão propensos a apresentar as tempestades latentes, podendo ser transformadas em terríveis tormentas, culminando em ciclones.
Temos aprendido que não possuímos a capacidade de barrar as bilhões de informações produzidas diariamente pela nossa bela massa encefálica, mas somos instruídos no sentido do viver diário e das constantes tentativas de bloqueá-las. Infelizmente, essa movimentação ou tentativa é puramente em vão, visto que a idéia e o pensamento, às vezes são tão poderosos e fortes como um besouro-rinoceronte.
Está um pouco pesada a nossa conversa, né. Ok, então vamos tentar pegar ou pouco mais leve... rsrs. Mas, que fique evidente que esquecer não conseguimos.
Aprendi desde pequenino que cada pensamento descontrolado ou mal-pensado é mais um pecado contado. Cá pra nós, a nossa lista diária é grande demais, hein! Confesso que muitas e muitas vezes fiquei olhando fixamente pra quem me transmitia uma mensagem, contudo minhas idéias estavam há quilômetros de distância do tal. Ainda bem que neste sentido não sou o único. Pra ser sincero, às vezes fico pensando o seguinte: será que o Deus maravilhoso que me criou como ser único, com essa maravilhosa capacidade de refletir, pensar e de criar minha própria história, é o mesmo Deus que está disposto a me chicotear e a cobrar por cada ato das minhas idéias? Dos frutos de nossas memórias construímos nossa própria historia! (frase minha... rsrs)
Nestes termos, o produto de nossa história de vida é fruto daquilo que trazemos dentro da memória presente em cada um de nós. Quando a saudade aperta, por exemplo, ela, de imediato faz com que o ser, o lugar, a ocasião, ou seja, o fruto que nos gera o sentimento chegue bem pertinho de nós. Isso é fantástico!
Quando os ventos sombrios vêm crescendo, se avolumando, fazendo crescer as ondas aqui dentro, é possível que eu me encontre em qualquer parte deste planeta. Confesso que quando isso acontece, é impressionante meu estado um tanto arredio, afastado, distante e tenho cá comigo que neste mundo só existe e habita o meu eu e mais ninguém. Chego a ouvir os barulhos, os roncos, chego até a olhar movimentos, no entanto os únicos pés que tocam a poeira do chão naquele momento, não são outros se não os meus.
Admito que algumas vezes tenho um pouco de medo das turbulências, e por causa delas não desejo ser um cara de “cabeça dura”. Com as ondas quebrando nos gigantes rochedos aqui de dentro, me lembro sempre da espada do anjo guardião, como ele apenas me observa depois de um bate-papo, e como tem a capacidade de me trazer de volta a este mundo. Sua voz suave e tranqüila perfuma os ares e ainda me toca com a ponta das suas asas. Esse gesto de imediato estanca minhas lágrimas e acalma os ventos. “Um dia de cada vez” me diz o anjo. Com isso, minhas loucuras de imediato vão sendo dissipadas e a paz retorna ao seu devido lugar.
Para mim, além da importantíssima cura que me incidiu, algo muito importante que aprendi com essa história é que, pra ver e estar com um “anjo”, não há necessidade de acontecer um ato fantástico, milagroso, sobrenatural... é simplesmente ter e conservar uma eterna amizade. “Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito”... E quando o anjo estiver em outra galáxia, é extremamente importante que eu mesmo trabalhe com meu EU de alguma maneira para fechar as cortinas e barrar os ventos, cessando as tempestades, e traga de volta a calmaria... Postado por Carlos Roberto
sábado, 20 de março de 2010
DESAFIOS DIÁRIOS
É certo que inúmeras pessoas podem crer que viver ou conviver em sociedade é algo extremamente fácil, que não envolve desafios, superações e contínuos exercícios de tolerância. Mas tendo em vista que as perspectivas são múltiplas, cá pra nós, penso que eu faço parte do grupo imaginário das pessoas que acreditam que viver em sociedade é uma tarefa desafiadora.
Acredito que um dos pontos que continuamente gera conflito é, sem dúvida alguma, a intolerância. É difícil de engolir, mas infelizmente o ser humano de forma geral consegue analisar e julgar o outro sempre a partir do seu ponto de vista, a partir daquilo que considera como certo ou errado. Desde muito tempo a sociedade impõe padrões acerca daquilo que é certo e errado, do que se pode e do que não se pode fazer, de como se comportar, agir, entre outras coisas. Essas “imposições” têm seu lado positivo e negativo.
Vivemos num espaço de diversidade física a cultural, convivemos também com padrões, com estruturas e com formas pregadas como verdades únicas, absolutas, inquestionáveis, e que há algum tempo são utilizadas como mecanismo de controle de cada membro da sociedade. Conclusão: se por um acaso não fizermos parte dessa esfera, somos considerados como uma “ovelhinha perdida” no meio de lobos famintos.
Temos várias esferas de controle: desde padrões estéticos até a religião padrão, de modelos comportamentais à orientação sexual, de usar calça comprida ou bermuda a não usar roupa alguma, de usar cabelos curtos ou compridos a raspar totalmente todos os pelos do corpo... A lista é maior do que aquela enfrentada pelos que desejam se inscrever no Bolsa Família... rsrs...
Brincadeiras a parte, o fato é que tudo tem que se encaixar perfeitamente nestas formas para que sejamos aceitos, para que não soframos a violência do julgamento por sermos diferentes. Pessoas passam fome por pertencerem a outras raças, ficam isoladas por possuírem outros credos. Sem dúvida a intolerância é um fator que tem gerado guerras e brigas entre grupos de muitas cidades, regiões e no mundo.
Debaixo desses parâmetros inúmeras pessoas vão se torturando, se violentando, vivendo como se fossem belos pássaros observados de longe pela sociedade. Sorrateiramente, estão negando suas próprias identidades para não serem jogadas às traças, discriminadas, marginalizadas. Como diz o respeitado psicólogo Augusto Cury: “São ótimas para os outros, mas péssimas para si mesmas”.
Lendo as narrativas da vida Jesus, podemos ver que ele sempre foi fiel ao seu pensamento, mesmo que os seus atos lhe trouxessem transtornos. É interessante como as pessoas buscam a fama, mas ele não dava a mínima importância pra isso, tampouco vivia em função daquilo que falavam dele. Em alguns trechos da bíblia, além da narrativa de inúmeros de seus milagres, vemos também que ele comia com os “pecadores”, conversava com prostitutas, tocava os doentes, jamais descriminava. Foi cognominado de “comilão” e de “bebedor de vinho”, mas com certeza isso não afetou sua auto-estima, e ele foi feliz nesta bela terra.
Temos que ter consciência de que o importante é o que achamos e o que pensamos de nós, não o que os outros acham e pensam sobre nós. Se passarmos a nos importar com isso, seria melhor colocar os pertences dentro da mochila e passar o restante da vida numa caverna, tendo como companheiro sapos, mosquitos, morcegos...
Se ajustar, se enquadrar, se alinhar pode ser para muitos a única forma de não ser agredido. Mas e se eu não quiser deixar meu corpo ser levado pela corrente dessas águas? Em que pese tenha sofrido um acidente, ainda tenho braços e pernas. Puxa! Que bom, né...
O que me parece é que mesmo com tantos referenciais para serem seguidos, tantas bússolas imaginárias (que não são as nossas próprias bússolas), as pessoas estão cada vez mais frustradas, tristes e sufocadas. Infelizmente, não é a toa que temos lido em alguns artigos que as salas de psicólogos andam tão abarrotadas quanto as cadeias públicas.
Como dizem os intelectuais “vejo nisso um paradoxo”, pois as pessoas cada vez mais seguem como se estivessem embriagadas, ou seja, completamente desorientadas, e se afastando cada vez mais daquilo que acreditam ser para se aproximarem daquilo que a sociedade espera que elas sejam. Que raça complicada é a nossa, hein!!!
Carlos Roberto Paiva
Acredito que um dos pontos que continuamente gera conflito é, sem dúvida alguma, a intolerância. É difícil de engolir, mas infelizmente o ser humano de forma geral consegue analisar e julgar o outro sempre a partir do seu ponto de vista, a partir daquilo que considera como certo ou errado. Desde muito tempo a sociedade impõe padrões acerca daquilo que é certo e errado, do que se pode e do que não se pode fazer, de como se comportar, agir, entre outras coisas. Essas “imposições” têm seu lado positivo e negativo.
Vivemos num espaço de diversidade física a cultural, convivemos também com padrões, com estruturas e com formas pregadas como verdades únicas, absolutas, inquestionáveis, e que há algum tempo são utilizadas como mecanismo de controle de cada membro da sociedade. Conclusão: se por um acaso não fizermos parte dessa esfera, somos considerados como uma “ovelhinha perdida” no meio de lobos famintos.
Temos várias esferas de controle: desde padrões estéticos até a religião padrão, de modelos comportamentais à orientação sexual, de usar calça comprida ou bermuda a não usar roupa alguma, de usar cabelos curtos ou compridos a raspar totalmente todos os pelos do corpo... A lista é maior do que aquela enfrentada pelos que desejam se inscrever no Bolsa Família... rsrs...
Brincadeiras a parte, o fato é que tudo tem que se encaixar perfeitamente nestas formas para que sejamos aceitos, para que não soframos a violência do julgamento por sermos diferentes. Pessoas passam fome por pertencerem a outras raças, ficam isoladas por possuírem outros credos. Sem dúvida a intolerância é um fator que tem gerado guerras e brigas entre grupos de muitas cidades, regiões e no mundo.
Debaixo desses parâmetros inúmeras pessoas vão se torturando, se violentando, vivendo como se fossem belos pássaros observados de longe pela sociedade. Sorrateiramente, estão negando suas próprias identidades para não serem jogadas às traças, discriminadas, marginalizadas. Como diz o respeitado psicólogo Augusto Cury: “São ótimas para os outros, mas péssimas para si mesmas”.
Lendo as narrativas da vida Jesus, podemos ver que ele sempre foi fiel ao seu pensamento, mesmo que os seus atos lhe trouxessem transtornos. É interessante como as pessoas buscam a fama, mas ele não dava a mínima importância pra isso, tampouco vivia em função daquilo que falavam dele. Em alguns trechos da bíblia, além da narrativa de inúmeros de seus milagres, vemos também que ele comia com os “pecadores”, conversava com prostitutas, tocava os doentes, jamais descriminava. Foi cognominado de “comilão” e de “bebedor de vinho”, mas com certeza isso não afetou sua auto-estima, e ele foi feliz nesta bela terra.
Temos que ter consciência de que o importante é o que achamos e o que pensamos de nós, não o que os outros acham e pensam sobre nós. Se passarmos a nos importar com isso, seria melhor colocar os pertences dentro da mochila e passar o restante da vida numa caverna, tendo como companheiro sapos, mosquitos, morcegos...
Se ajustar, se enquadrar, se alinhar pode ser para muitos a única forma de não ser agredido. Mas e se eu não quiser deixar meu corpo ser levado pela corrente dessas águas? Em que pese tenha sofrido um acidente, ainda tenho braços e pernas. Puxa! Que bom, né...
O que me parece é que mesmo com tantos referenciais para serem seguidos, tantas bússolas imaginárias (que não são as nossas próprias bússolas), as pessoas estão cada vez mais frustradas, tristes e sufocadas. Infelizmente, não é a toa que temos lido em alguns artigos que as salas de psicólogos andam tão abarrotadas quanto as cadeias públicas.
Como dizem os intelectuais “vejo nisso um paradoxo”, pois as pessoas cada vez mais seguem como se estivessem embriagadas, ou seja, completamente desorientadas, e se afastando cada vez mais daquilo que acreditam ser para se aproximarem daquilo que a sociedade espera que elas sejam. Que raça complicada é a nossa, hein!!!
Carlos Roberto Paiva
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