quarta-feira, 13 de julho de 2016

As Mascaras da Vida

Refletindo um pouco acerca daquilo que somos por conta de tudo aquilo que nos é imposto pela sociedade, uma vez que as normas e regras são a todo tempo  lançadas  idealizando aquilo que as pessoas sejam, percebemos que por muitas vezes infelizmente parece que  vamos vivendo dentro desse “quadrado” invisível,  mas que continuamente nos é   imposto, seja pela sociedade como um todo ou  grupos menores, como família, amigos, etc.  Diante disso nos parece que há um intervalo, uma distancia, um caminho  cada vez maior entre aquilo que somos (ou queremos ser) e aquilo que mostramos as pessoas e ao mundo. Talvez não estejamos mais passando por aquela  crise de identidade da adolescência,   mas é algo talvez maior  que poderíamos chamar de:  “mascaras da vida”.  De fato não é fácil ser aquilo que sou desta forma muitos preferem viver ou expressar aquilo que não é. Aquela história da pessoa que sempre gostou do verde, mas vive usando o amarelo só pra não desentoar e agradar a “vizinhança”. Entendam que estou falando sobre o processo de nossa personalidade e não de brutalidade. Se você não consegue dialogar e sempre age com selvageria alegando que faz parte da sua personalidade. Digo-te uma coisa, cadeia pra você cabeçudinho. Todos nós, em maior ou menor grau, somos diferentes conforme a pessoa com quem estamos, mas até que ponto é que nos traímos na necessidade de nos protegermos dos outros? Infelizmente parece que os outros são nossa base de postura, o desenho deles quase sempre parece ser melhor que o nosso, e assim vamos nos escondendo dentro de nós ou   por medo, por defesa, por integração e assim por diante.  Por vezes achamos que a outra pessoa não aguenta o peso da nossa personalidade ou  do nosso “doce jeito de ser” misturados com todos os nossos defeitos (que não são poucos, hahaha) . Penso que talvez esse processo  seja uma arma para melhorar a aceitação do outro. Eu preciso que me aceitem para que eu possa me sentir bem, assim  deixo de ser eu, deixo meus gostos, meus desejos, minhas vontades, meu prazer... Então, e se fosse ao contrário? Se disséssemos e fizéssemos tudo o que queríamos, se fôssemos permanentemente iguais a nós próprios, teríamos mais liberdade? Será?  Talvez não: as pessoas muito rígidas, que se comportam da mesma maneira com toda a gente, essas são as mais aflitas, angustiadas, atormentadas. Pra falar a verdade, um “pé no saco” que  ninguém aguenta!  Se gabam de ‘dizer tudo’ e nunca dizem tudo. O que estão a dizer é que têm consciência de que são despropositadas muitas vezes. Porque depois, quando lhes é conveniente, bem que elas se escondem também dentro de suas próprias mascaras.  É normal querer agradar aos outros. O problema só acontece quando agradar aos outros implica sacrificar os nossos sentimentos mais profundos, deixando com isso de sermos nóix mesmos...  Carlos Roberto Paiva