sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O OUTRO

Pois é minha gente, por vezes tenho pensado que a vida neste mundão nem sempre é totalmente sã, onde por algumas vezes torna as pessoas ou nozes mesmo termos aquela famosa ideia ou filtro de ilusão de que o outro (a) se deu melhor, ele tem mais sorte, as coisas boas somente acontece com ele. O outro nunca é punido o suficiente quanto eu sou, e pra piorar o outro sempre é dono de alguma coisa que deveria, com toda certeza “ME” ou nos pertencer.
O fato é que enquanto estivermos vaguando pelos quatro cantos do universo, um tanto quanto subornado pelas idéias pregadas pela mídia, a tendência é vivermos o sonho distorcido de que a perfeição habita nos rostos, corpos e lares alheios, seremos miseravelmente inaptos a reconhecer o quanto pode haver de alegria e plenitude em nossas próprias vidas. Afinal de contas, se pararmos para pensar, no meio dessa loucura toda é possível que nós somos ou seremos o outro dos outros. Rsss
Como os outros nos vêem? Pensa nesse seu “título”, no seu trabalho, nos 10, 21 ou 42 km de uma corrida que exigiu de você semanas, meses ou até mesmo anos de empenho, de estudos e aperfeiçoamentos intermináveis, fins de semana com a cara enfiada nos livros, longe de casa, com saudades da família e dos amigos. Por outro lado treinos de madrugada chovendo ou fazendo sol, e mais uma porção de renúncias feitas à base de uma vontade férrea de atingir seus objetivos, suas metas, onde no final não raramente é avaliada por muitos como “pura sorte”, soltando aquele sorriso amarelo no canto da boca.
Respiro fundo e conto até três quando imagino que tem gente que tem absoluta convicção de que nossas conquistas não são do nosso merecimento, que nossas batalhas são irrisórias e nossos esforços, nossa coragem são irrelevantes. Há pessoas que desenvolvem tamanha obsessão por tudo o quanto temos, somos ou parecemos ser e ter, que acabam virando uma versão “pirateada” de nós (os outros querendo ser nóix) e para não expor ou transparecer a ninguém “finge” não reconhecer nossas conquistas. Aquele tipo de gente que nunca está satisfeito com o que tem, simplesmente porque vive da loucura de querer  a todo custo  o que demos um duro danado para conquistar, seja do material, corporal, espiritual, e  demais “al”..rsss
E como nós realmente não somos perfeitos (alias nenhum de nós o é), e como um pouco de “auto avaliação” não faz mal a ninguém, cuidemos de não nos transformarmos nesses ladrões de histórias alheias, ou seja, tenha a sua propriamente dita, não me canso de repetir isso. Quem me conhece sabe que sempre preguei a ideia sobre a importância de cada um construir sua própria história e nunca é tarde pra isso. Tratemos de olhar para aquilo que temos com um pouco mais de gratidão e um muito a mais de determinação para fazer a nossa realidade dar em alguma coisa que nos alegre e engrandeça.

Nisso tudo façamos o favor, a nós mesmos e à humanidade, de sermos alguém a quem ninguém não se precise temer tampouco evitar e se por um obsequio aquilo que queremos, envolve o prejuízo de alguém, ou precisa ser tirado de alguém, tratemos de arranjar outra coisa para querer, pois não somos o outro e sim nós mesmos! Carlos Paiva