Estamos vivendo um período pré-eleição
onde em conversas com os amigos ou nos
diversos setores da mídia ouvimos a seguinte frase: “POLITICOS SÃO TODOS
CORRUPTOS” , mas será que isso verdade?
Não gosto de sair espalhando mentiras dos outros a toa por ai sem antes ter um
pouco de fundamento, Rsss. Antes prefiro
buscar alguma idéia mais sólida sobre nóix
brasileiros, sobre a formação da nossa sociedade pelos agentes “estrangeiros” e
principalmente sobre nossas ações cotidianas
perante as diversas instituições a qual todos nós de alguma forma estamos
envolvidos
Antes de tudo será que nós pessoas
honradas que abominam a corrupção, nunca
compramos produto pirata, ou
falsificamos carteirinha de estudante, roubamos
a senha do hi-fi do vizinho, ou
subornamos o guardinha, ou furamos uma
fila do banco, ou apresentamos atestado
falso, ou batemos ponto pelo colega? Na
estrada jamais aceleramos mais rápido sabendo que excederia o limite de
velocidade? Se você é médico ou dentista, nunca cobrou mais caro pela consulta
com recibo né? Daria pra escrevinhar uma lista enorme, monstruosa,
gigantesca...
Um fato que me chamou a atenção nesses
dias foi que a ex-presidente da República sugeriu que a corrupção no governo é
uma extensão da corrupção no dia a dia. Mas será verdade? Somos todos corruptos
mesmo por tabela? Culpados pela bandalheira toda que políticos de todos os
níveis promovem com dinheiro público?
Essa explicação de que a
corrupção na política é um prolongamento da corrupção no dia a dia é bem a mais
fácil e própria do senso comum. Talvez seja muito boa só para os políticos, já
que a culpa recai sobre nóix também né? No
entanto é fato que a nossa classe política vem de uma sociedade que pratica
trapaças diárias e ao tempo todo. Todo mundo sempre tem a ideia de sobressair
melhor! Entenda que to me referindo ao sistema da nossa sociedade em si, e não as pessoas em particular ok? Fica zangado não, sei que você ta fora disso. Rss
Na busca por maiores informações achei
um fato interessante. A psicóloga Denise Gimenez Ramos, professora da PUC de
São Paulo afirma em um dos seus livros que a corrupção no Brasil é um problema
endêmico: trata-se de um padrão de conduta tão arraigado no comportamento
coletivo que, no frigir dos ovos, as pessoas nem percebem que estão sendo
corruptas. Essa dou ein! Mas será que não percebem mesmo?
Reza a historia de que quando os
portugueses chegaram ao Brasil não tinham lá grandes pretensões e nem tampouco
construtivas. O que os cabra queriam mesmo era extrair as riquezas daqui e
mandar todo o lucro para a Europa, sem se preocupar em constituir uma pátria ou
investir dinheiro na “Terra de Santa Cruz”. (todo mundo estudou isso na escola
vai...rss)
Fato bem diferente do que ocorria la
pras banda dos Estados Unidos, na mesma época, onde uma multidão de famílias
inglesas desembarcavam com o único intuito de fundar um novo lar, de construir
uma nova pátria... Enquanto que por aqui, as índias eram violentadas pelos
europeus que depois iam embora, e assim começaram
a surgir os primeiros “cabeçudinhos” chamados de miscigenados, eram rejeitados por suas tribos, que não os
reconheciam como índios. Abandonados e sem chance de alcançar sucesso na vida
visto que jamais se tornariam chefes de
uma tribo, por exemplo foram crescendo numa depre total nun profundo sentimento de inferioridade. E a
concepção da figura do pai, para eles, foi a pior possível, ou seja: alguém que
só aparece na hora de extrair, de retirar, de obter vantagem, e nunca para
construir ou cuidar. Talvez seja por
isso que nosso complexo de inferioridade é evidente até hoje, uma nação com autoestima tão baixa.
Vivemos dizendo que o Brasil é uma
porcaria. O brasileiro respeita as leis quando está no exterior, mas
desrespeita aqui, porque acha o seu país uma sujeira, uma porcaria,
infelizmente.
Fato
que essa cultura extrativista, de retirar em vez de construir, de obter
vantagem em vez de cuidar, foi se perpetuando de geração em geração, tanto na
política quanto no dia a dia da sociedade e aquele jeitinho brasileiro, aquela
malandragem por vezes estão cravadas em nossas memórias que às vezes nem percebemos
isso. Escrevi tudo isso pra dizer que quem faz o político é a sociedade e não o
político que faz a sociedade e os caras somente mudarão quando cada um de nós
mudarmos nossa forma corrupta de ser. Pensem nisso: Carlos Roberto Paiva
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