segunda-feira, 9 de outubro de 2017

SER CRIANÇA

Por vezes sentimos falta do passado, daquelas  pequenas e simples coisas, de voltar no tempo mesmo. Criança também faz coisas chatas, mas adulto com certeza  faz mais. Era chato dormir cedo, porque tinha que acordar cedo para ir a escola. Talvez  chato mesmo é dormir tarde e ter que acordar cedo porque assim estipularam os adultos. A grande verdade é que nós acordamos cedo para resolver problemas, não apenas os nossos, mas dos outros, e  do mundo... Alias sempre temos a idéia que de se o mundo tivesse em nossas mãos resolveríamos todos os seu problemas.

Mas nossas regras são mais agressivas e as exigências são bem maiores. É preciso se apressar sem querer, rir sem querer, andar num ritmo louco sem ao menos saber exatamente a razão, o motivo. Correr atrás de coisas perdidas, do tempo perdido. E por vezes andamos tão perdidos no meio de tanta gente crescida. Quem nunca sentiu vontade de chorar na frente de qualquer pessoa, pedir colo sem nenhum receio, dizer “não sei” a tantas perguntas?

Fazer coisas de adulto todos os dias não é tão divertido quanto fazer coisas de criança. Crescemos e o lúdico vai ficando no caminho. Tantas vezes queríamos voltar para brincar só mais um pouquinho ou simplesmente se importar com nada. Andar descalço no meio da estrada não asfaltada, sentindo o cheiro da terra, o gotejar da chuva... (De vez enquanto ainda faço isso. RSS)

Aquela história de encarar a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira é pura verdade. E a vida podia brincar mais com os adultos, não acha? Com certeza iamos sorrir mais e sentir a alma mais leve.
Falando em sentir, podíamos sentir medo, vergonha, raiva e logo, logo tudo passaria, como passa para os pequenos. Pois é, só depois a gente percebe que tudo foi tão rápido. Como fomos bobos lá atrás querendo crescer o quanto antes possível.

Ser adulto é estar num lugar querendo estar em outro. Ter que representar em várias situações cotidianas. Dizer sim com vontade de admitir um sincero não. Ter que ficar com vontade de querer sair,  Ser adulto é não inventar mundos.

Para os “grandões” é necessário  estar sozinho em meio à multidão porque é preciso resolver-se diante da vida como tarefa diária. É mostrar a “força” que tem.


Quando éramos pequenos muita gente querida não havia ido embora. Vamos crescendo e vamos perdendo. E como todos os adultos temos consciência de que podemos ir embora há qualquer momento. Queria ser criança todos os dias porque descobri que não sou infalível, mas aprendi em algum lugar que precisava ser e  estamos sempre em busca da tal felicidade. Criança, apenas é feliz. Quero ser criança porque na verdade nunca aprendi a ser adulto...

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Reciprocidade

Nesses dias alguém “reclamou” comigo do tipo: Carlão você esqueceu seu blog?  Confesso que achei legal a indagação por me lavar a crer que a tal pessoa interage com essa leitura. Então simbora lá. Algo interessante  que me chama atenção nas redes sociais é que muitas pessoas reclamam que alguém recebeu sua mensagem, viu sua foto e não comentou, não deu a devida resposta, efim, acredito que isso que seja  falta da tal reciprocidade.
Você já ouviu falar que uma coisa leva a outra? Isso é fato! Incrível como tudo nessa vida acaba nos levando a outro ponto (ou mesmo ponto), como se tudo de fato tivesse inteiramente interligado. Reciprocidade é o ato de responder às ações do próximo da mesma forma que recebemos, é resposta mútua, caminhos iguais de ida e vinda. Na teoria é fácil, mas sei que na prática, não é bem assim. Muitos esperamos ou se espera dos outros. Alguns de cansam de esperar…rss, daí vem aquelas velhas frases “cansei de esperar”, “cansei de ser bonzinho, boazinha”, etc. e tais. Aí vem aquela frustração quando sacamos que o valor que damos, não é o mesmo que recebemos, ou seja, o mesmo valor, o mesmo tempo, a mesma energia que empregamos em prol de alguém não retornou da mesma forma que a dispusemos a elas (pessoas).
Estamos carecas de saber que cada pessoinha tem sua personalidade, seu jeito, sua forma de ser. Por isso, é tão difícil a gente “retribuir na mesma moeda”, afinal, não somos iguais a ninguém (ainda bem né). Somos totalmente diferentes. Mas acredito que é possível aprender a viver melhor, a se valorizar, a se amar. Não precisa deixar de ser o cara “bonzinho” nem a menina “boazinha”, só precisa aprender a fazer um pouco mais por quem também faça ou já fez “mais”.
 Mas também e totalmente possível aprender a tratar com “indiferença” quem não te trata como prioridade. Isso é fato.  É possível também ignorar quem não se lembra de você. Isso depende de você! Tem situações que o melhor é ignorar do que ficar “correndo atrás”. Se quiser correr de verdade bota um tênis e sai pelas ruas. Alias isso vai de fazer muito bem. Rss. Nessa “ignorância” você não estará sendo vingativo ou vingativa, mas, aprendendo a ser recíproco!
Doar tem que ser um aprendizado, tem que ser r na mesma medida que o outro. As coisas tem que acontecer  na mesma intensidade que nosso parceiro, que o amigo, que o colega, e daí por diante. Ceder o mesmo tanto que cedem. Nada de fazer mais por alguém que de fato não valoriza, não enxerga, não te olha com o “zóio esbugaiado”.
Agrade quem merece. Se importe com quem se lembra de você. Quem caminha junto e faz questão de estar com você, mesmo que seja pra fazer nada, apenas pra rir a toa e jogar conversa fora. O fato é que quem “te quer”, de alguma forma demonstra que, de fato, te quer. Quem se importa, procura. Quem quer estar com você, demonstra isso nos mínimos detalhes, se preocupa, te responde enfim, é recíproco. Carlos Roberto Paiva


domingo, 14 de maio de 2017

EMOÇÕES

Somos o próprio arquiteto das nossas  emoções e todos temos aqueles  momentos onde percebemos que  nosso  coração acelera e   bate mais forte  que o habitual,  onde os sentimentos, as percepções, a saudade nos  parece que vão  brotando repentinamente dentro de nosso peito..

Em  que pese pareçamos fortes, fomos seres  extremamente frágeis caso não cuidemos de nossas emoções. O fato é que não  esquecemos de algumas pessoas, e  por mais que não estejamos próximo dela. Claro que  também  existem aqueles  que gostaríamos de estar do lado dela o tempo todo, rindo, brincando falando bobeira, numa conjunção de  afeto,  ternura,  carinho...  Minha mãe faleceu tem mais de dois anos, mas meu “sentimento” por ela continua sendo de que a mesma continua vivinha da silva...

E se for o “tar” do AMOR, como explicar esse sentimento  tão falado, vivido, discutido... Sendo que cada cabeça tem la a sua maneira de senti-lo, expressa-lo, experimentá-lo? Penso que ao longo do nosso tempo de vida, aquilo que vamos “sendo”, é resultado de tudo o que partilhamos com aqueles com quem de forma significativa, expressiva nos “cruzamos”, nas esquinas da vida,  seja isso de forma programada ou inesperada, isso não importa muito.

Daquilo que deles recebemos e conseqüentemente lhes damos, e daquilo que, a partir daí, vamos sendo capazes de guardar dentro de nós mesmos, assim o transformando em algo “nosso” propriamente dito. Coisa difícil de explicar esse sentimento ein minha gente, mas to aqui tentando de alguma forma descrever a percepção que tenho sobre isso. Vejo na mídia, principalmente no facebook algumas pessoas mandando receados para outras pessoas decepcionadas porque de alguma foram lesadas sentimentalmente. Meu recado pra você é o seguinte “Cuide da sua emoção”, não adiante ter corpo bonito e ser doente emocionalmente.  

Uma forma meio egoísta que temos sobre nossos próprios sentimento é que quase sempre vamos transformando as pessoas envolvidas  em algo nosso, no sentido de que sempre nos parece que a pessoa ou as pessoas a quem amamos é unicamente e exclusivamente nossa e de mais ninguém, do tipo se tocar nela ou nele eu mato. KKKKKK.  A idéia é de que somente dessa forma podemos aperceber-nos de como através deles (pessoas), nos é dada a possibilidade de vislumbrar e enxergar o AMOR, de uma forma extremamente possessiva e dominadora.

Talvez  amar seja muito mais do que essa sensação de empolgamento, de olhar nos olhos, quando aquela empatia profunda com alguém nos faz sentir capazes de tudo.  Mas penso que isso também faz parte desse “jogo da vida”. Pois quem vive apaixonado com certeza vive melhor e mais feliz. Claro que o sentido de apaixonado não é somente por outra pessoa, mas pode ser por uma causa, uma ação, um cachorro, efim...

Cuidar das emoções e de alguma forma poder expressa-la é de vital importância, pois caso contrario você vai acabar sentimento o sentimento de frustração, ficando sempre cabisbaixo, carrancudo, truculento onde tudo e todos parece que não tem a mínima graça, caminhando com a alma aprisionada no casulo das emoções.

Num sentido mais amplo o processo AMAR talvez seja como subir uma escada sinuosa, que por final vai nos conduzindo a um encontro conosco mesmo e ao mesmo tempo trazendo a percepção de uma energia, uma  força que embora pareça vir de fora, nos vem de dentro , sendo por isso, totalmente indestrutível porque faz parte de nós.! Carlos Roberto Paiva


sexta-feira, 7 de abril de 2017

VOCE É QUEM DITA SEU RITIMO

Confesso que tenho muitas dificuldades em acreditar nas idéias de que as coisas estão preparadas ou pré-programadas para acontecer a cada um de nós. Acreditar no sistema natural dos seres vivos em que os mesmos nascem crescem e morrem é uma coisa, mas tenho duvidas de que as elas (coisas)  estejam  “guardadas” para  as pessoas e que há qualquer momento vão  cair em suas mãos  sem que haja  nenhum tipo de esforço.

As experiências próprias que temos podem ser indicativos de que  tais idéias são realmente válidas ou não, pois cada um de nós somos testemunhas vivas  dos nossos próprios acontecimentos, digo  dos ganhos e das perdas que colhemos no decorrer de nossas vidas e se elas foram fruto de um baita esforço ou caíram do céu de “mãos beijadas”.

Penso que “infelizmente” suas conquistas não foram colhidas na janela da casa, escondidas dentro de uma caixinha de presente e amarrada com fitinhas vermelhas, mas sim aconteceram e continuam acontecendo conforme seu, nosso esforço individual das quais muitos não acreditam ou acreditam duvidando.

Mas o primeiro que tem que acreditar em você e você mesmo. Alias com respeito ao conteúdo dessa frase, lembro que no ultimo domingo aconteceu o Grand Cup Brasil de Ciclismo em Ubatuba, dos quais vários amigos competiram e foram mais velozes que os demais. Conversando posteriormente com uma amiga que fechou os 100 km com menos de três horas ela disse que quando pedalava próxima a uns “conhecidos” os caras falavam: “Ela não vai muito longe nesse rítimo e vai quebrar logo”… Essa descrença dos demais fez com ela buscasse suas ultimas forças, acreditasse mais em si e deixasse os caras a quilômetros de distancia. Nunca duvide de uma mulher. Rsss

Mas também conheço o inverso, que está configurada numa pessoa que deseja muito ter um relacionamento com outra pessoinha, mas ela dificilmente sai de casa e se comunica pouco com o mundo externo. Não to criticando sua fé tampouco apagando suas esperanças. Aliás, nunca deveremos fazer isso com ninguém, apenas to querendo dizer que deveremos procurar maneiras que para que as coisas que esperamos aconteçam conforme descrito em nossos corações. Nossa parte ninguém fará por nós, isso é certo!


Muitos vivem desiludidos da vida passando boa parte do tempo de cabeça baixa e choramingando, pensando que as coisas boas, resultados bons só acontecem pros outros e para ela nada. Talvez seja porque os outros sejam mais intuitivos e não ficam esperando o presente chegar à janela, mas saem em busca dele. Conhecem suas potencialidades mais do que ninguém, não se desanimam diante das problemáticas da vida, mas estão com o espírito leve sempre acreditando em si mesmo e por mais difícil que seja não desistem nunca.  Carlos Roberto Paiva