Baseado em uma das obras do Dr. Augusto Cury, gostaria de refletir com vocês sobre um assunto interessante.
Era de se esperar que as pessoas dos nossos dias fossem alegres, soltas, divertidas, principalmente por causa da poderosa indústria do lazer a que temos acesso. Mas parece que a realidade é outra: as pessoas estão cada vez mais estressadas, bloqueadas, tristes, sem brilho. Era de se pensar também que a abençoada tecnologia e os bens materiais fizessem cada ser humano dispor de tempo para si mesmo. Não me refiro a tempo que gastamos fazendo compras, assistindo TV, indo à praia, dentre outras atividades. Quero dizer sobre o tempo que gastamos conosco, para refletir, contemplar, abraçar, amar! Aliás, não refletimos nem quando é necessário! Mesmo quando estamos na praia, privilégio de alguns que têm a nobre oportunidade de chegar a elas, não conseguimos nem ouvir o belo sonido das ondas. Às vezes, preferimos ouvir músicas do CD no carro em volume altíssimo. Será que isso faz parte de nossa cultura?
Vivemos exprimidos em sociedades populosas – uns gostam, outros não - mas a proximidade física que temos com o próximo, quase sempre não nos empolga, não nos entusiasma, não nos alegra. Parece que cada um tem o mundo para si mesmo. E com isso, “o resto que se exploda”. Alguns freqüentam inúmeros lugares, como clubes, estádios de futebol, igrejas, shows, etc. Vão e vêm “calados”, pois o diálogo parece que está morrendo, apenas nos falamos, mas não conversamos. Dá para bater um papo online sim, isso é bom. Contudo, olhar nos olhos para mim é um ato incomparável. O toque nas mãos refresca a “alma”.
As pessoas aprendem durante anos as regras das línguas, estudam os idiomas, isso pode ser muito importante para o dia-a-dia, para conquistas na área do trabalho, para se integrar com pessoas de outros países. Mas o grande obstáculo é que muitos que se pronunciam de maneira excelente, são ótimos pregadores, palestrantes, poliglotas, mas não sabem falar de si mesmos. Aprenderam as regras de uma escola, mas não conhecem o seu próprio ser.
Na estrada da vida, os projetos, os desejos, os planos, são incontáveis, mas alguns apenas querem vestir-se bem, possuir casas, carros, aviões, viajar, ser bem visto pela sociedade. Milhões de mortais estão obcecados por estas conquistas que na realidade são apenas “detalhes” na breve existência.
Se a vida é tão rápida, não deveríamos, nessa breve história de tempo, procurar realizar aquilo que é belo? Não poderíamos ter as mais ricas aspirações? Não poderíamos viver alegres, soltos, amigos, buscando sempre realizar o bem?
Há muitos que obviamente estão distantes da “nossa” tecnologia, não possuem dinheiro, fama, belas roupas, não têm nenhuma proteção humana. Mas têm o que o ser humano sempre aspirou: alegria, paz interior, segurança, amor a vida, e não nas posses.
Assista ao vídeo sobre uma dessas pessoas que conheci há pouco tempo no interior de São Paulo. E pense nisso!
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