terça-feira, 31 de março de 2009

Respeitar pode ser um bom começo!

Viver é fácil, qualquer ser geralmente consegue viver, ou sobreviver como dizem alguns. Mas o ser humano é um ser vivo mais sofisticado, aprimorado, bem-acabado, pois confere significado à sua existência. E o maior significado da existência humana na realidade está no tão comentado, poetizado, exclamado, cantado, e vivido AMOR. Por isto é um assunto tão presente agora e sempre, desde os primórdios até hoje.
Sabemos que quanto maior o nível de autoconsciência que cada indivíduo possui, mais claros são seus deveres e seus direitos perante a vida. E quanto mais nos damos ao direito de usufruir dos nossos direitos, mais nos comprometemos com nossos deveres e jamais podemos senti-los como um fardo ou uma cruz a carregar.
“Amai-vos uns aos outros” (João 13,34) é um comando religioso, escrito na bíblia, claro e inequívoco, talvez seja bem mais conhecido do que os famosos dez mandamentos. É um mandamento extremamente exigente, pois é necessário que abramos as janelas do bem para concretizar tal ação. Para ser sincero, é algo dificílimo de cumprir.
Queridos leitores, cá pra nós, se a tão sonhada paz nacional, municipal, estadual, mundial, depender da inclusão desse valor, o futuro infelizmente não é muito otimista. Nestes 2009 anos temos caminhando no sentindo inverso. Quero ressaltar que não estou meditando sobre questões do ponto de vista religioso. Portanto, você que está agora lendo, aceite esses comentários com as devidas reservas.
Somos sabedores de que “metas muito elevadas acabam às vezes produzindo um efeito contrário ao que se pretende e deseja”. Penso que talvez seja isso o que está acontecendo no mundo cristão. A meta é ambiciosa demais. Ou talvez, alguém nesses longos tempos inadvertidamente tenha errado na tradução do hebraico. Em vez de "Amai-vos uns aos outros", a tradução correta deveria ter sido "Respeitai-vos uns aos outros". Vejamos é um mandamento mais suave, brando, mais fácil, e pode ser este um bom começo para realizar vôos mais altos.
Respeitar as nossas diferenças como seres humanos, nossas religiões, nossas culturas, e até nossos “tiques” individuais é bem diferente de amar a cultura, a religião e os “tiques” nervosos do próximo. Veja bem, quero dizer que posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la. Dizem que alguém que é criado e vive dentro dos seus limites preconceituosos, está sempre impossibilitado de amar seu concidadão. Ensinar as crianças, os adolescentes, os jovens a pelo menos respeitar o negro, o gay, os mendigos, o pobre, a principio pode ser uma meta mais lógica do que amá-los. Penso que aquele que age com maldade é por que assim o deseja e quer. Mas ninguém é pobre porque quer. Trate um pobre com respeito e você estará de imediato aumentando sua auto-estima, o que é um início da solução de seus problemas.
Os “crentes ortodoxos” com certeza irão argumentar que amar é um ato cristão, sendo só para quem pode, não para quem quer. Tudo bem, meu alvo também não é ocasionar discussão, e sim reflexão. Mas não deixa de ser um desastre a falta de respeito mútuo generalizada que o mundo atravessa hoje. Finalizo dizendo que em qualquer lugar onde houver intolerantes, inflexíveis e intelectuais arrogantes haverá desrespeito, pois muitos destes não respeitam nem ouvem a opinião de ninguém, mandam nossa auto-estima lá pra baixo e mantêm a arrogância dos donos do poder lá em cima. Abraços

Um comentário:

  1. Adorei o texto!!! Acho que a gente devia mesmo se preocupar mais com o que as pessoas sentem (fome, frio....) do que com o que elas pensam ou fazem... abraços!

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